quinta-feira, junho 12, 2008

Eu e o francês

O francês que eu vou falar aqui é o idioma, do marido eu falo depois! rsrsrsrsr
Como nada aconteceu depois de anos de planejamento (mesmo porque os acontecimentos da minha vida, já me deixaram bem claro que planejar não funciona), cheguei aqui de mala e cuia em setembro do ano passado. Na faculdade onde eu faria o curso de idiomas que depois me permitiria continuar os estudos de direito ou de ciências sociais, as inscrições já haviam sido encerradas.
Eu havia decidido que não viria morar aqui, então não me preocupei com isso. No entanto, mudei de idéia.
Depois de chegar aqui, comecei um curso numa escola particular. Caríssima. O valor que seria pago em 6 meses na faculdade foi destinado para um mês de aula. Meu bolso tadinho, teve três ataques e uma crise epilética na hora de pagar, mas era por uma boa causa.
Fui progredindo, o Marido que ainda não era marido na época ficando orgulhoso de me ver crescendo, os amigos dele da mesma forma, pois estavam mais ansiosos pra poderem se comunicar comigo do que o contrário.
Em dezembro, aniversário do Marido, organizei uma festa surpresa pra ele. Recebi os amigos dele. Conversei, brinquei, fiz piada e até discurso de agradecimento por ninguém te contado nada pra ele.
Em dezembro também foi nosso casamento. E para que isso acontecesse sem a necessidade de um tradutor juramentado presente, eu deveria provar antes que seria capaz de compreender tudo que seria dito. Conversei com as responsáveis lá da Mairie (uma mistura de prefeitura, com cartório de repartição pùblica), e não foi necessário.
Inscrição feita na faculdade, provinha de teste escrito e oral feita, para determinar qual meu nível – quando saiu o resultado fiquei muito assustada – lá são oito turmas, onde os iniciantes começam na “sala 1” e de acordo com o nível vai subindo até a “sala 8”. Fiquei na “sala 7”.
O primeiro dia de aula foi simultaneamente o primeiro dia de enjôo. Aula de manhã e a tarde, eu passei o dia todo bebendo sal de frutas. No segundo dia não consegui ir, no terceiro também não fui fazer teste de gravidez.
Depois disso, dois meses passando muito mal, com muita náusea, dores, indisposição extrema, ficando dentro de casa por até mais de uma semana e saindo apenas para ir fazer o pré-natal.
Assim que nos conhecemos o Marido mal falava português de Portugal e com um sotaque que fazia com que nada que ele falasse pudesse ser entendido. Com muita paciência fui ensinando e corrigindo. Mas como nem tudo é perfeito ele não tem um pingo de paciência. Se me corrige uma vez e eu por acaso volto a cometer algum erro ele estressa.
Passados os três primeiros meses de experiência gravidez melhorei, animei mas num tem como voltar, o curso começou em janeiro. Chegar lá no meio de abril num ia resolver meu problema.
Eu entendo bem o que as pessoas dizem. Consigo ler bem, mas falar é meu calvário. Fiquei muito tempo sem falar nadinha e acabei enferrujando. Na hora que precisa eu falo (de um jeito meio xexelento, mas falo), só que não gosto nada do resultado, então prefiro ficar calada.
Agora vou esperar a Bebedocinha nascer de assim que der refaço a inscrição, o teste e começo de novo.

2 comentários:

  1. Menina... quando nenê nasce a gente só costuma ter tempo de fazer uma coisa: cuidar do filhinho! eu acho qeu falar é uma questao de necessidade: vai trabalhando a leitura, escutando rádio ou vendo tv que na hora que precisar falar você já vai ter uma boa bagagem!
    beijos

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  2. Ahhh mas alguma coisa sai??? Daqui nem coisa nenhum

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